segunda-feira, 26 de novembro de 2007

«Página em branco»

Página em branco, pois sim
Tenho uma aqui
Em frente a mim

O que fazer? Prostrar-lhe uma pedrada?
Rompê-la com uma mão cheia de nada?
Circuncscrevê-la-ei de arestas finas
Sublimes ao toque de uma flor de espinhos

De uma linha oblíqua e outra cruzada
Rebentando em reviravoltas,
Um equilátero transparente
Sem matéria, giz, cor, nada…

2 comentários:

Maria del Sol disse...

Uma página em branco é sempre um começo promissor. Às vezes gostava que a minha alma também fosse assim, para não ter de conviver com os meus próprios borrões e rabiscos.
E, já agora, de ter o teu dom da palavra para encher a página com um belo poema, como o que aqui tens :)

verdades_e_poesia disse...

oh many thanks maria del sol! (blushing)
Sabes, não sei se tenho jeito ou não. Apenas escrevo, porque sim. Só...
Os borrões e os rabiscos fazem parte de qualquer alma.;) Beijinhos:)