sexta-feira, 29 de julho de 2005

Caso insólito!

Como decerto vós sabeis, e para quem ainda não sabe, eu vivo numa ilha apelidada de pérola do Atlântico. Falo então da ilha do tio Alberto! Para quem não conhece o tio Alberto, informo que se trata do último dos faraós. Sim... esse senhor que costuma apelidar o povo de Portugal Continental de cubanos e que tem por hábito mandar umas «bocas» ao nosso Governo da República ou como ele diz à república das bananas. Já adivinhástes vós onde vivo eu com toda a certeza! Pois claro! A ilha da Madeira. Bom apresentada que está a minha morada, passo agora a dizer-vos aquilo que na realidade me motivou a escrever esta pequena narrativa.
Levantei-me hoje cedo e com a boa disposição de quem depois de tratar de um assunto pessoal pendente numa repartição pública, pode pensar em ir no fim-de-semana de férias para junto dos seus. A verdade é que tinha isto como certo e inquestionável. No entanto, tenho a informar que ao tratar do assunto hoje Quinta-Feira, teria que passar no dia seguinte na dita repartição para me ser emitido o documento necessário à minha pessoa. Ora o dia seguinte à Quinta é... Sexta-Feira como é óbvio. Eis então, que a funcionária me comunica para ir levantar o meu documento na Segunda-Feira, ao que perguntei...
- Mas amanhã não é Sexta?
- É sim, mas não trabalhamos.
Ela ficou-se por aquela resposta e eu não adiantei conversa. Peguei no meu calendário de bolso e verifiquei se me tinha esquecido de algum feriado importante, pois que também sou distraido. Não vi nenhuma data histórica no calendário e verifiquei o ano do dito cujo para ver se era mesmo de 2005. E não é que era mesmo!? Bom o que poderia estar a falhar então? Interrompi a senhora , que estava a trabalhar na minha requisição e perguntei retoricamente.
- Mas amanhã não é feriado...
- Pois não. Respondeu ela
- Mas então porque não trabalham amanhã?
- Ah sabe, é que temos tolerância de ponto devido ao rally vinho madeira.
- O quê? Devido ao rally?
- Sim. Respondeu ela com um sorriso, suponho eu, que devido à minha cara de espanto.
Fiquei desarmado naquele momento sem mais nada para dizer a não ser despedir-me amavelmente da senhora e aproveitar para lhe desejar, então, um bom fim-de-semana...
No momento em que ia a sair da repartição ocorreu-me um pensamento. Será que o tio Alberto não se enganou de sítio ao apelidar o «contenente» de república das bananas? Sim, porque na verdade nem há produção de bananas em Portugal Continental, mas aqui nesta ilha há bananeiras com fartura... ah isso há!
Bom mas não havendo mais nada a fazer, sendo eu um optimista por natureza e não gostar de me lamentar da vida e do que corre mal... lá fiquei motivado -pelo menos- para ir ver o famoso Rally Vinho Madeira... A vida tem coisas assim!...

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