terça-feira, 24 de abril de 2007

«Por entre tudo»


Há laços que perduram entre nós,
Parecem aquele vento murmurado,
Que nos levou por caminhos
E nos deixou, simplesmente, sós.

Atalhámos por trilhos engraçados
Uns estreitos, outros raros mas belos
Baloiçámos nas árvores feitas de cordel
Atadas com linhas espongiformes de papel.

A quantidade de gargalhadas soltas
Cor de mel e limão, que nos fizeram sentir…
Por entre prosas em águas quebradas,
Que jamais dali me podiam ver partir.

Que costume tão belo aquele sítio
Cheio daquelas sensações cambaleantes
Deixam ainda os meus olhos inquietos
De tão verdes, cardos puros flamejantes.

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