sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Festival Internacional de Cinema


Fui ver ontem um filme. Chamava-se «Capri you love?» e a plateia estava cheia... Sim, plateia no verdadeiro sentido da palavra, pois o Teatro Municipal Baltasar Dias é uma obra prima de requinte e bom gosto para quem ali passa. Agora, perguntas-me tu, caro leitor, como fui eu ver um filme ao teatro, ao que te respondo que decorre por esta altura o Festival de Cinema Internacional do Funchal www.funchalfilmfest.com, que tem casa especial de exibição de filmes uma vez por ano e já vai - com este - no terceiro festival.
Um filme que aparentemente, tinha uma história interessante e que prometia algo. Eu estava expectante, e sentei-me numa cadeira da ponta para ser dos primeiros a sair, pois gosto pouco das filas e de ter que esperar quando há muita gente acumulada. Todas as sessões têm direito a apresentação personalizada - um senhor que falou em português e outro em inglês - e logo que os apresentadores deixaram de falar, as luzes apagaram-se e foi o 'let the show begin'.
O filme começou e com a ilha de Capri em pano de fundo, pensei eu, vamos ter filme... Entretanto um casal de turistas alemães tinha-me pedido licença para se sentar ao meu lado, um casal já sexagenário aparentemente. O senhor decidiu sentar-se ao meu lado, uma vez que tinha sido ele a abordar-me. No prosseguimento do filme, oriundo da Alemanha - ver história detalhada no site - dois casais eram os únicos actores residentes e um dos actores, o personagem principal, tinha herdado uma casa em Capri que tinha que vender e parecia desenvolver-se ali algum triângulo ou quadriângulo amoroso ou coisa assim, porque os personagens estavam todos interligados e pareciam ter ligações misteriosas que iriam surgir. Bom, mas o que é facto é que nada surgiu na primeira meia hora de filme e assim que olhei para o lado deparei-me com um sono bem fechado no expectador alemão e pensei...mmm não temos filme, pelo menos no que àquele turista dizia respeito.
O filme continuou sem intervalo e passado uma hora de alguma monotonia, o sono do senhor já estava quase profundo, e pensei como de facto há filmes fantásticos que têm a incrível capacidade de fazer dormir... Nessa altura bocejei, enternecido e solidário com o que se passava à minha volta.
À terceira meia hora e com o filme quase no fim, nada de maior se tinha passado no filme, nem nas entrelinhas se podia tirar dali algum 'sumo'. E no final quando toda a gente pensava que um dos pares 'românticos' se ia beijar, pois aproximavam as suas caras, de repente voltam a cara para o horizonte com o mar a servir de paisagem. Nessa altura eu gargalhei - e não fui só eu. No fim de contas, o filme valeu pelo final, que foi a única coisa interessante, durante as três meias horas. Ah ia-me esquecendo, penso que o alemão que estava ao meu lado foi dos últimos a sair...
Agora só me resta esperar por um filme melhor, coisa que não deve ser difícil de acontecer.

1 comentário:

V. disse...

Sim, Live at Sin-é! :D *